Dra Sumika Mori, Geriatra, Doutorado em Fragilidade pelo HC FMUSP
Dr Edson Bor-Seng-Shu professor livre docente pelo departamento de neurologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP
Dr Marcelo De Lima Oliveira doutor pelo departamento de neurologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP
Hoje a longevidade é determinada em 70% pelo comportamento ao invés de herança genética. A mudança de hábitos fez com que as pessoas se tornassem mais sedentárias e obesas. A obesidade é uma condição que aumenta a resistência a insulina e dessa forma é ligada diretamente com diabetes. Esse tipo de diabetes pode ter cura com modificações no comportamento. Portanto, o estilo de vida é fundamental para controle e cura do diabetes ligado à resistência à insulina. A ansiedade pode ser uma das palavras associadas à doenças crônicas com aumento do consumo de açúcar que é ligado a outras doenças como câncer, entre outras. O aumento do consumo de telas pode estar associado com redução da interação entre as pessoas, redução da cognição e imobilismo. Hoje o sedentarismo mata mais do que o tabagismo. Hoje há evidencias de que pessoas que caminham mais, levantam-se mais no escritórios ou locais de trabalho, reduzem o risco de morte. O sedentário quando começando a praticar alguns minutos de atividade física diário reduz o drasticamente seu risco de vida. Fragilidade e sarcopenia fazem parte do circulo vicioso do imobilismo e dessa forma, aumentam a probabilidade de morte.
Ao longo da vida aprendemos a modificar a nossa alimentação e o corpo mostra essas mudanças ao longo da vida. Após os 60 anos precisamos cuidar dos músculos, pois pode haver redução da massa muscular natural ou acelerada. A perda acelerada esta associada à estilo de vida inadequado, sedentarismo e alimentação deficiente em proteínas e excesso de carboidratos. O consumo de vegetais é importante por serem alimentos de baixa densidade calórica com boa fonte de fibras para modular flora intestinal que melhora absorção de micronutrientes, regula a glicose, etc…
O vegetariano tem menos peso em geral do que aqueles que comem carne e também tem níveis pressóricos mais baixos. Os vegetarianos que consomem peixe tem uma pequena vantagem daqueles que são estritamente vegetarianos. A dieta vegetariana não chega ao nível proteico daqueles que consomem carne: é considerado adequado 64 g de proteína por dia, porém, o vegetariano e vegano não alcançam este consumo. Mas, mesmo assim veganos e vegetarianos são saudáveis a despeito de consumir menos proteína. Ao longo do tempo o envelhecimento pode ser ruim por sarcopenia, daí a importância de estudar os músculos dessa população. Ser vegetariano reduz risco de acidente vascular cerebral e infarto do coração, portanto escapam das duas maiores causas de morte na população. Além disso, vegetarianismo reduz causa de cancer. Importante ressaltar que existem vegetarianos saudáveis e não saudáveis: os não saudáveis são os que abrem pacotes, ou seja, consumem muitos alimentos processados.
Soja é o grão com maior concentração de proteínas, que pode ser encontrada em natura ou proteína vegetal pasteurizada. A biodisponibidade é menor do que a carne, porém é uma boa fonte de proteínas. Manter cuidados com os músculos exige associação entre consumo de proteína e atividade física.
Para os vegetarianos: brocolis, espinafre, feijão, aveia, são fontes de proteínas que podem compor com húmus, pasta de tofu, pães, ovo, leite, etc… quando necessário pode fazer boost proteico. Os vegetais também podem ser adicionados no café da manha.
O consumo de refrigerantes que contem açúcar adicionado o risco de se tornar um idoso frágil aumenta em 3 vezes. Trabalhadores noturnos são 6. kg mais pesados em relação aos que trabalham de dia pq as escolhas alimentares podem relação com hormônios associados ao ciclo circadiano, como por exemplo cortisol. Além disso a privação de sono pode modular as escolhas alimentares como aumento no consumo de doces. Humor e ansiedade também tem muita influência na modulação da escolha alimentar.
A suplementação é exceção no tratamento do idoso, ou seja, é suplementado quando necessária a reposição de calorias ou proteínas. O consumo de proteínas é difícil para o idoso por conta da digestão
trabalhosa. As formulações de suplementos são facilmente digeridas. Mas, a avaliação conjunta da musculatura pelo profissional de saúde é importante a fim de ajustar a qualidade de suplementação. O wayprotein é excelente suplementação quando necessário. O hidrosilado facilita a digestão e absorção. Os vegetais são muito bons também e podem ser mais saudáveis. A creatina é um potencializador da produção de energia. A suplementação é associada com melhora do desempenho, porem pacientes mais jovens são os mais beneficiados.
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